O motoqueiro estacionou a moto na calçada em frente a lanchonete e caminhou ate a porta ascendendo um cigarro. Quando ele entrou as poucas pessoas que estavam no recinto pararam suas conversas e se viraram para olhar o rapaz por alguns instantes e depois continuaram o que estavam fazendo. Ele caminhou ate o lado mais afastado do balcão e se sentou esperando pelo atendimento. Perto dele estava dois homens de meia idade bebendo cerveja e conversando sobre futebol, numa mesa mais a frente estava um casal de idosos comendo salada, no balcão mais próximo a entrada, estava uma mulher de seus vinte e poucos anos que parecia estar na sua quarta garrafa de cerveja e mais atrás dele, quatro jovens com aspecto rebelde. Dois garotos e duas garotas.
Após se acomodar e observar as pessoas, a garçonete com no mínimo quarenta anos, cabelos negros presos por uma caneta e pele branca, chegou ate ele com um olhar desconfiado.
_ Boa noite jovem. O que deseja?
_ Boa noite. Estou chegando agora na cidade, gostaria de comer alguma coisa. Algo se sabor legal. Disse sorrindo o jovem.
_ Posso trazer pra você a refeição da noite: arroz, batatas, bife acebolado e salada.
_ Esta ótimo. Pode trazer isso ai e um refrigerante. Obrigado Anna.
_ Como sabe meu nome? Perguntou a garçonete assustada.
_ Seu uniforme. Disse o jovem apontando para o nome bordado na roupa da senhora.
_ Ahh! Desculpe. As vezes me esqueço que isso esta aqui. E saiu sorrindo indo em direção a janela da cozinha fazer o pedido.
Após fazer sua refeição, o jovem rapaz se levantou e seguiu ate o banheiro. Na volta ele pode notar uma das garotas sentada a mesa próxima seguindo ele com os olhos. Sua atenção foi chamada devido a beleza da garota. Uma moça de no máximo 18 anos, corpo escultural, cabelos vermelhos e encaracolados, pele alva, olhos castanhos claros e usando roupas mais curtas que um palmo.
Ele deixou que seu olhar passasse pela garota algumas vezes enquanto bebia outro refrigerante e isso chamou a atenção do rapaz que estava sentado ao lado dela, um rapaz usando uma jaqueta de couro, camiseta branca por baixo, calça e botas militares. O aspecto que ele não tinha percebido antes era a cabeça totalmente desprovida de cabelos, igual a de seu companheiro.
Quando o rapaz percebeu a atenção do estranho para a garota, se levantou rapidamente e deu um passo na direção do motoqueiro abrindo os braços.
_ Que cê perdeu aqui mané? Achou minha namorada gostosa?
_ Opa! tá falando comigo? Disse o motoqueiro se virando direto para a garota.
_ O prego ainda é abusado. Disse o outro pronto pra se levantar.
_ Não quero tumulto caras. Só vou beber meu refri e sair. Pode ficar você, sua gostosa e seu amigo desbocado tranquilos.
_ Como é que é? Falou em tom de voz alto o rapaz de pé e indo para cima do motoqueiro levantando as mangas e deixando a mostra uma suástica nazista tatuada no braço.
O motoqueiro se levantou rápido e ficou de frente para o neo-nazista com um copo na mão. O outro rapaz também se levanta puxando um soco inglês do bolso e as demais pessoas já se levantando assustadas. Foi quando derrepente a porta se abre e uma voz firme e alta fala.
_ Parem já com isso vocês três, ou passaram a noite brigando numa sela.
Todos param e o motoqueiro vê sua salvação.
Continua.
Novo na cidade. Uma noite estranha. (parte 2)
sábado, 22 de agosto de 2009
Postado por J.M às 16:18
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